Em geral, a grande maioria das pessoas associa a cárie apenas ao consumo de açúcar e à má higiene bucal. Mas eles não são os únicos vilões dessa história.
Trata-se de uma doença multifatorial. Ou seja, tem diferentes causas.
Para dar uma ideia, até os tipos de bactérias que formam a microbiota da sua boca podemfavorecer – ou não – o surgimento do problema. Detalhe que isso tem origem lá na sua primeira infância.
E respondendo à pergunta, sim, tem gente que escova bem os dentes e ainda assim tem cárie e acaba precisando recorrer a uma restauração no dentista.
É possível prevenir o surgimento de cáries?
A boa notícia é que, conhecendo melhor todas as possíveis origens, fica mais fácil prevenir e evitar esse incômodo.
Foi por isso que nós, do consultório da dra. Vilma Rafael, preparamos este artigo.
Continue aqui com a gente e saiba:
- Quais as possíveis causas da cárie?
- Microbiota bucal
- Doenças, medicamentos ou dietas que reduzem o fluxo salivar
- Fatores genéticos ou traumas pontuais
- Estilo de vida
- Como evitar cáries, mesmo que você tenha propensão a elas
Quais as possíveis causas da cárie?
Microbiota bucal
Uma das primeiras possíveis causas – e desconhecida pela maioria das pessoas – é aquela que a gente comentou acima: a microbiota da sua boca. Ou seja, o conjunto de microorganismos unicelulares que vivem nessa região.
Justamente quando os dentes começam a nascer, ela está em formação. Entre outras coisas, isso significa que os tipos de bactérias transmitidas nessa fase da primeira infância vão determinar o perfil da microbiota durante a vida toda.
E alguns desses perfis favorecem a formação das cáries.
Contra isso, não há muito o que fazer. É questão de sorte.
Doenças, medicamentos ou dietas que reduzem o fluxo salivar
Sim, a chamada xerostomia (redução na produção de saliva) é outro fator que costuma desencadear uma cárie.
Vale lembrar que a função desse líquido é limpar e proteger a boca. Sua ausência acaba facilitando a desmineralização do esmalte do dente, o que abre brechas para o problema.
Mas o que provoca essa baixa do fluxo salivar? Pode ser, por exemplo, resultado de:
- efeitocolateral de algum remédio, como sedativos, antipsicóticos, antidepressivos e medicamentos anti-refluxo
- desnutrição
- bebidas alcoólicas
- diabetes
- doença autoimune, como a Síndrome de Sjogren
- cálculos salivares
- quimioterapia
- radioterapia
- menopausa
- tendência a respirar pela boca etc.
E aqui vai uma dica prática: antes de dormir, a gente começa a salivar menos. Nessas horas, é ainda mais importante que você evite comer doces e quedobre os cuidados com a higiene bucal.
Fatores genéticos ou traumas pontuais
Lembra que a gente falou agora há pouco do esmalte do dente que desmineraliza com a baixa salivação, tornando a pessoa mais suscetível à cárie?
Outros fatores, dentre eles, questões genéticas ou traumas pontuais, também podem comprometer a qualidade desse esmalte e, da mesma forma, favorecer um estrago.
O que acontece nesses casos é que, no lugar de uma superfície lisa e brilhante, o dente tende a ficar poroso e irregular. Com isso, é mais fácil haver ali acúmulo de bactérias e açúcar.
Estilo de vida
De todas as possíveis causas, essas são as mais controláveis. O estilo de vida faz toda diferença.
Você está mais vulnerável às cáries, por exemplo, quando, no dia a dia:
- temo hábito de consumir muito doce, sucos, refrigerantes e alimentos com farinha de trigo
- fuma
- não higieniza os dentes com a frequência e a qualidade necessárias
E aqui vale uma observação: é possível que você faça tudo isso e, por sorte, pelo perfil da sua microbiota, ou por genética, não tenha cárie.
De qualquer forma, pode acabar contribuindo para problemas como mau hálito e doença periodontal, que são causados por diferentes bactérias.
Como evitar cáries, mesmo que você tenha propensão a elas
Independentemente de qualquer coisa, o mais recomendado é que você visite com frequência o dentista.
Primeiro para ver com mais precisão se tem cárie.
Muitas vezes não existem sinais aparentes, mas um rápido raio X é capaz de detectar o problema. Sem falar que o olho do profissional é mais apurado para identificar qualquer alteração.
E não é só isso. É importante também descobrir se você tem propensão ao quadro. Até para iniciar tratamentos preventivos, que incluem aplicações de flúor e, dependendo do caso, uma película de resina capaz de criar uma barreira protetora no esmalte do dente.
Se já tem mais de 6 meses que você não faz um check-up bucal, ligue agora mesmo para agendar um horário.
Aqui no consultório da dra. Vilma Rafael, você encontra especialistas ou mestres em todas as áreas da odontologia.
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